“As coisas contigo serão diferentes, eu
prometo Sílvia”
Devíamos simplesmente fazer promessas
que somos capazes de cumprir. Comigo não seria diferente, já estava destinado a
ser igual. Apenas precisava encarar de uma maneira diferente, já que não podia
mudar o destino, apenas iria fazer com que o caminho até lá mude. Era o mínimo
que podia fazer por mim.
Entrei naquele pub/restaurante e
surpreendi-me pelo numero de pessoas que lá estavam. Provavelmente nenhuma se
encontrava na mesma situação que eu. Tendo um encontro as escuras por causa de
uma melhor amiga que não consegue perceber que o homem por quem ela era
apaixonada não passava um idiota que só tinha o objectivo de deixa-la gritar de
prazer e logo a seguir iria ter com outra mulher cumprindo o mesmo objectivo.
Eu mato esse Tom se ele voltar a fazê-la
chorar.
“Meu filho será o homem mais bonito que
encontrares naquela sala”. Isso sim é que é orgulho pelos seus genes, é bom que
ela tenha razão, porque os ingleses são conhecidos pela sua frieza e se ele for
bonito será muito mais fácil de aturar.
O homem mais bonito da sala.
Analisei cada homem que estava naquela
sala e nada chamou-me atenção.
Caminhei para o meio daquelas mesas
todas e sentei-me na que tinha um homem com a cabeça baixa, brincando com
talheres, também era o único que estava sozinho.
- Isso é ridículo – resmunguei irritada.
- Muito ridículo – concordou comigo
fazendo-me observa-lo devido o tom de sua voz.
Ele era o homem mais bonito da sala e
provavelmente com a voz mais bonita também.
- Não sei como pessoas poem as outras nestas situações – resmunguei novamente.
- Acho por estarem mais desesperadas que
nós mesmos de termos um companheiro – respondeu a minha não pergunta.
- Eu não preciso de um homem - avisei.
- Minha mãe pensa que eu preciso casar –
informou – Apaixonar-me, fazer algo além de trabalhar – disse sorrindo
envergonhado.
- Acho que é que todas mães desejam –
encarei-o reparando nos olhos verdes brilhantes depositados em mim.
- A minha quer netos – disse fazendo-me
sorrir – E eu apenas quero viver, só tenho 27 anos.
- E queres filhos, família quando? – Perguntei.
- Quando eu encontrar a pessoa certa –
disse chamando o empregado de mesa – Pode trazer a ementa, por favor? – Pediu ao
senhor.
Sorri mais uma vez. Voz, sorriso, olhos
e educado.
- A pessoa certa não existe – informei-o
– É apenas uma ideia que a gente cria para alimentar o que chamam de “ amor” –
esclareci.
- Chamam de “ amor” – repetiu as minhas
palavras – Não acredita no amor?
- É outra ilusão criada pelo homem para
ser feliz – avisei-o – Você acredita? – Questionei-o.
- Acredito, acho que é uma ligação inexplicável
que une duas pessoas – disse – Como mãe e filho – explicou-me.
- Culpa isso os 9 meses que passaste no
interior dela, ela estava cuidando dela, e o filho é simplesmente uma parte
dela que ela precisa cuidar, não é amor, é egoísmo – disse.
- Profunda – disse sorrindo falsamente,
deixa perfeita para a mudança de assunto.
- Meu primeiro jantar com um
desconhecido – avisei.
- Então vou dar-te dicas para o próximo –
disse sorrindo, enquanto recebíamos a ementa – Deixa ele escolher o que irão
beber – disse tirando das minhas mãos a carta de vinho – Duvalley Douro – disse
ao empregado de mesa a quem ele entregou a carta de vinho – Melhor vinho do
mundo.
- E vem das mesmas terras que eu – disse
surpreendendo-o.
- Filha de Camões – gargalhei.
- Pareces minha melhor amiga – falei fazendo-o
rir também.
- Amo o Algarve – contou.
- Nunca lá fui – disse corando.
- Eu levo-te – disse dando-me um sorriso
torto.
Bom
a dizer anedotas. Adora futebol e passeios, cinema é o lugar que mais ama ir.
Odeia comida de sua mãe e falar de trabalho. Sua melhor amiga é sua mãe, pois
não há ninguém que ele confie mais no mundo. Namorar para ele é melhor que
casos de uma noite, é o quinto encontro que sua mãe arranjou para ele e o
primeiro que a pessoa não vem.
- Porque você aceita? – Perguntei colocando
mais uma colher do bolo de chocolate em minha boca.
- Como eu posso dizer não a minha mãe –
disse rindo roubando mais uma vez um pedaço da minha fatia de bolo.
- Para – ordenei dando uma leve palmada
em sua mão.
- Não seja egoísta – disse mostrando-me
a língua e fazendo-me gargalhar pela sua infantilidade.
Seus olhos verdes estavam fixos em mim,
como se tivesse guardando cada traço meu em sua mente. Senti meu rosto arder,
provavelmente devia estar vermelha além de desconfortável, seu sorriso
denunciou que estava certa.
- Quero voltar a jantar contigo…
- Sílvia – conclui.
- Sílvia? – Ele disse rindo – Não
acredito!
- Porquê?
- Porque afinal tu acabaste por aparecer
e jantar comigo – disse ainda com um sorriso estupido nos lábios.
- Samuel?
- Sam – corrigiu ainda sorrindo.
- Tua mãe estava certa – disse.
- No quê? – Questionou curioso.
- Que serias o homem mais bonito daqui.
_________________________________________
Olá Meus Amores.
Como estão vocês? Gostaram do Capítulo?
Parabéns a nossa Protagonista Sílvia que completou 20 anos na quinta 12/06.
A propósito, preciso do teu nome completo.
Comentem, divulguem e Leiam as Resposta dos Comentários.
Beijos nas vossas bochechas
Muah! Muah!
primeiro blind date que eu leio que correu bem
ResponderEliminarAdorei o capítulo.
ResponderEliminarAfinal era o Sam e não o Tom! Que boa surpresa!
Obrigada pelos parabéns!
O meu nome completo: Sílvia Alexandra da Silva Andrade.
Beijos.
A Sílvia teve muita sorte!
ResponderEliminarPoderia ter aparecido um lunático e afinal apareceu o lindo do Sam.
Posta logo.
Bjs :)
Amei a primeira parte!
ResponderEliminarNão conhecia o Sam, e agora jâ estou apaixonada *0* pena que a Silvia o escolheu primeiro kkk
Posta logo, beijos!
Querido.
ResponderEliminar