Steven
Duas semanas para mim sempre foram como
horas, era difícil notar se o ontem tinha sido mesmo ontem ou alguns dias
atrás. Não tinha nada de especial, não era tempo suficiente para alguma coisa
que fosse.
Mas como as coisas na vida mudam, as
duas semanas também tinham mudado para mim. Há exactamente duas semanas que eu
fiz com as minhas regras aquilo que faço com as regras alheias, quebrei-as.
O tempo não era a única coisa que mudou
para mim, duas semanas pareciam mais dois anos. Uma garrafa de vodka já não
tinha o mesmo efeito, fazer uma tatuagem já não doía. Se antes eu não sentia
nada, se qualquer coisa era-me indiferente. Eu tinha passado a sentir demais,
mas tudo o que sentia tinha um único motivo.
Eu a via todos os dias durante estas
duas semanas, e eram os únicos momentos que duravam tão pouco e doíam demais.
Ela sorria, ela conversava, ela
brincava, ela olhava, porem fazia isso tudo como se eu não tivesse lá, como se
eu simplesmente não existisse.
Exactamente aquilo que eu temia tinha
acontecido. Eu perdi-a, e não porque ela estava apaixonada ou por estar com
outra pessoa. Perdi-a por que não era capaz de explicar por que eu não queria
tal coisa acontece-se, mas era impossível explicar algo que nós desconhecemos a
explicação.
Meu maior desejo era ser o Steven, o
Steven dela. Eu sentia tantas mas tantas saudades dela, que tudo era tão vazio sem
ela por perto.
Olhei novamente para o pequeno ecrã,
onde minha mensagem ocupava alguma parte dele, mensagem que tinha enviado a
mais de duas horas atrás. Ela não tinha resposta, não esperava uma resposta. Esperava
simplesmente que ela soubesse. E que ela viesse ter comigo, talvez fosse pedir
demais. Tinha sido um completo idiota, porque simplesmente não fui capaz de
dizer o que eu senti, tudo o que eu senti naquela tarde, e como cada instante
dela se repetia detalhadamente na minha mente.
Estiquei a manga da suéter que usava,
para poder aquecer minhas mãos e enrolei meus braços nas minhas pernas
aproximando-as do meu peito, para poder aquecer-me mais ainda.
Fechei os meus olhos, e tentei limpar as
memorias que tinha flutuando em minha mente, deixei o som das ondas controlarem
meus pensamentos, mas até isso me lembrava dela, do sorriso que surgia em seus
lábios sempre que os seus olhos de mel viam o mar, a histeria que a domava
sempre que voltasse de um mergulho. O quanto ela amava ver o sol se pôr tendo
meus braços envolta aos seus ombros e eu comentando sobre o quâo ridículo aquele
momento era. Por mais que ela chamasse-me de idiota, o sorriso que ocupava seus
lábios enquanto xingava-me mostrava o quanto ela adorava aqueles momentos
quanto eu.
Tudo que quero é ela de volta. E a única
coisa que podia fazer é ser sincero. E com as palavras que citei na mensagem,
foram as mais sinceras que eu pude citar.
“ Eu amo-te Amanda”
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Olá Meninas! Tudo bem?
Vou pedir desculpas, porque lamento mesmo muito pelo tempo que tiveram a espera.
Mais acabei por ficar sozinha em casa e doente, minha familia toda foi para Portugal e eu acabei por ficar cá por causa da escola e adoeci. E como estou um pouquinho melhor, vim cá dar-vos um sinal que não morri.
Irei ler os vossos comentários depois. E postar o resto do final. E bem, as coisas podem não acabar como esperam.
Beijos. Talvez amanhã venho, já que minha mãe estará de volta e acho que ficarei boa rápido assim.
As melhoras.
ResponderEliminarQuanto ao capítulo, gostei muito. Frase curta e difícil de ser pronunciada por ele! Vou aguardar o final.
Bjs :)
gostei do capitulo, muito fofo, mal posso esperar para o resto. melhoras, que o poder do abraço e a sopinha da mamã te curem dos teus males.
ResponderEliminarMelhoras :)
ResponderEliminarGostei do capítulo. O Steven foi um fofo!
Posta logo.
Beijos.