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30 de julho de 2014

Blind Date 4 - Penúltimo

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Apoiei a cabeça na borda da porta que dava acesso a cozinha. Tinha a minha mão ocupada com cobertores e almofadas, enquanto meus olhos acompanhavam seus movimentos na minha cozinha, na busca de uma bebida quente para podermos suportar o frio que iriamos sentir.
- Para uma portuguesa, tem pouco vinho nesta casa – disse sem tirar os olhos da garrafa que tinha em suas mãos.
- Não sou de beber – avisei – Laura quem compra essas coisas – avisei aproximando-me dele.
- Tua companheira de casa? – Questionou guardando a garrafa rejeitada.
- E melhor amiga – esclareci – Graças a ela que estamos indo ao nosso segundo encontro – avisei-o recebendo um olhar confuso dele – Ela é que iria jantar contigo – disse deixando-o ainda mais confuso.
- Minha mãe não falou-me de nenhuma Laura – explicou-me pegando duas taças.
Claro que a mãe dele não iria falar de Laura nenhuma, porque minha melhor amiga tinha mentido, tinha preparado isso tudo para que saísse com alguém, idiota como sou caí na sua história perfeitamente.
- Devo ter entendido mal – disfarcei – Vamos?
- Nada de elevadores – pediu enquanto nos dirigíamos para o exterior do apartamento, ri-me vendo o desespero no seu olhar, e logo minha mente foi invadida por pensamentos demasiado curiosos – Que foi? – Perguntou enquanto abria a porta que dava acesso as escadas.
- Nada – respondi sentindo meu rosto queimar mais uma vez naquela noite, superando o recorde de uma vida inteira corando.
- Estás a mentir-me – falou convicto – Pergunta, não importa quão estranho for eu respondo – falou.
- Tu é que pediste – avisei subindo um degrau da escada de costas – Tu disseste que és claustrofóbico – afirmei e ele sorriu confirmando – Então você entra em pânico em lugares fechados – continuei e recebi um sorriso torto dele.
- Mais ou menos – avisou-me – Depende de quão fechado está – avisou.
- Então num quarto?
- Depende do tempo que eu fico nele, e se tem janelas – esclareceu.
- E quando você faz sexo? – Tapei a boca quando reparei naquilo que tinha perguntado.
Não precisava olhar para ele para ver o choque em seu rosto, só de pensar tive a mesma reacção.
Continuei subindo a escada reparando que ele não iria responder aquilo, nem sei mesmo como aquilo tinha saído de minha boca. Parece que não tinha controlo do fazia, dizia ou pensava. Pior do que sentia.
Até mesmo com a vergonha que tinha passado, continuava a sentir-me confortável, a sentir-me bem. Pois sentia seu olhar sobre mim, e apesar de não estar vendo sabia que ele estava sorrindo, devido a minha pergunta ou a minha reacção ao ver quão atrevida a questão era fora da minha mente.
Subi o último lance de escadas que dava acesso a porta para o terraço e atravessei-a.
Aguardei apoiando-me na porta para não fechar enquanto Sam se aproximava.
- Prefiro ao ar livre – sussurrou em meu ouvido e depois caminhou para o interior do terraço.
Laura. Estava precisando dela e da sua mente confiante e muito sábia. Precisava de alguma explicação para aquele calor que tomou meu corpo ao ouvir sua voz rouca tão perto, tão suave. Só tinha bebido quatro taças de vinho ao jantar, de onde estava saindo tanto calor?
- Isso é lindo! – Disse com os seus olhos fixos no céu e os meus nele.
Seus olhos tinham um brilho ainda maior quão a luz da lua e das estrelas reflectidas neles, pareciam mais claros, mais brilhantes, mais cativantes.
Pareciam o paraíso, perfeitos, inesquecíveis.
- Obrigado – sorri para ele – Não encontraria um lugar melhor – beijou-me o topo da cabeça.
Afastei-me embaraçada e estendi um dos cobertores no chão cimentado do terraço e ele colocou as almofadas sobre ele.
- Fogo – reclamei reparando que só tinha trago dois cobertores – Podemos partilhar? – Abanou sua cabeça aceitando e deitou-se.
Deitei-me ao seu lado e cobri-nos. Seus olhos em momento nenhum abandonaram o seu estrelado, e os meus não conseguiam abandonar ele.
- Fecha um dos olhos – pedi deitando-me de lado, virada para ele.
Obedeceu-me com um sorriso divertido nos lábios que aumentou a medida que ele percebeu o que aquilo significava.
- Parece que está mesmo próximo – comentou.
- Você conhece alguma?
- Não – respondeu – Apenas sou apaixonado pela beleza delas – avisou olhando para mim – Sabes que és tão bonita quanto elas?
- Sabes que assustas-me quando falas assim? – Sentei-me abrindo a garrafa de vinho o mais rápido que conseguia.
- Jamais imaginei que algum dia em minha vida conheceria uma mulher que ficasse incomodada por ser elogiada – disse pegando na taça que tinha acabado de servir.
- E eu que teria um segundo encontro com um inglês – disse dando um gole ao som da sua gargalhada.
- Acho que meus conterrâneos deixaram-te com péssima impressão – comentou.
- Vocês são tão… misteriosos – disse pensando ser a palavra certa – Difíceis de ler – expliquei-me melhor.
- Como tu! – Disse fazendo encara-lo – Intrigante?
- Não sou difícil de ler – falei fingindo esta ofendida enquanto posicionava-me melhor frente a ele e terminava o líquido vermelho que tinha na taça.
- Tu pensas demasiado, e não fazes nunca o que pensas – disse – O que dificulta-me a fazer ou dizer algo que queira porque não sei como irás reagir – concluiu pousando a taça.
Os seus olhos abandonaram meus olhos e desceram até meus lábios.
Seus dedos estavam gelados, o que justificou o calafrio que percorreu meu corpo quando eles tocaram em meus lábios, contornando-os. Meus olhos fecharam com o seu toque, como se meu corpo necessita-se daquilo para poder apurar o sentindo do tacto, para poder apreciar melhor o seu toque e nada mais.
O cheiro de uva e menta invadiu o ar que inalava, sem precisar abrir olhos sabia que o seu rosto estava a milímetros do meu.
Abre-os encontrando o verde que tinha dominado a minha mente a noite inteira bem diante a mim. Sorri, simplesmente sorri. E ele também sorriu e senti o outro toque. O toque de seus lábios.
Não sabia exactamente aquilo que estava fazendo, nem porquê tinha permitido aquilo acontecer, porém o toque, a suavidade e a simplicidade fazia explodir em mim milhões de sensações, que era incapaz de entender como conseguia um corpo suporta-los todos.
Entreabre a minha boca ao sentir a necessidade de mais, sentindo a sua língua explorar cada canto de minha boca.
Como se fosse uma dança, minha língua acompanhava a sua e meu corpo aquecia ainda mais cada segundo que nossas bocas exploravam-se. Parecia que o inverno tinha terminado em questões de segundos, e um verão africano tinha tomado a noite, estávamos usando mais roupa que o clima pedia.
Os seus lábios abandonaram os meus, deixando-me completamente ofegante.
Os verde-claros de seus olhos, agora estavam escuros, sedentos, do mesmo jeito que meu corpo estava.
E sem porquê ambos sorrimos e nossos lábios estavam novamente unidos, mas já não havia calma, suavidade e simplicidade. Mas sim sede, prazer e fome.
Não suportando o calor que pensava que eu somente sentia, ele removeu seu casaco sem abandonar os meus lábios enquanto fazia o mesmo com o meu casaco.
Nossos corpos não suportavam o calor que tinha surgido, as peças de roupa que nos cobriam foram removidas uma a uma, com urgência.
O seu toque em minha pele já não era frio, mas provocava mesma sensação.
Apenas tínhamos nossas roupas interiores cobrindo-nos e nem assim sentia o frio que antes era insuportável sentir.
O enorme desejo que sentia e via nos seus olhos me importavam naquele momento, as suas mão percorrendo meu corpo, os seus lábios em meu pescoço depositando pequenos beijos e mordidas, descendo ao vale dos meus seios.
Meu corpo pedia por mais, eu queria mais.
Levei minhas mãos ao seu rosto e elevei-os para poder mais uma vez ver seus olhos.
- Para de pensar! – Pediu com os seus lábios grudados nos meus.
- Sam… - pressionou seu indicador sobre meus lábios.
- Sílvia faz aquilo que queres – disse penetrando seus olhar nos meus. Deixando-me ainda mais enfeitiçada com as suas esmeraldas.
- É minha …- tentei falar e fui impedida mais uma vez.
- Eu sei, não te irás arrepender – murmurou com seus lábios sobre os meus.
“Não te irás arrepender”.
Tinha dito para mim mesma que se não poderia mudar o destino, teria ao menos que mudar o caminho até ele, aquele momento era a mudança.
“Para de pensar”, suas palavras se repetiram na minha mente. Não tinha tempo para pensar. Tinha que aproveitar o tempo que tinha para viver.
Tomei seus lábios, transmitindo neles tudo o que sentia, tudo aquilo que ele tinha despertado em mim naquela noite. Tudo que apenas conhecia na teoria. Os calafrios, as borboletas, o desejo e o prazer. Eu o queria, e ele me queria
Debruçou meu corpo sobre o cobertor, e deitou-se sobre mim.
Seus lábios e suas mãos exploravam meu corpo enquanto tudo que conseguia fazer era sentir e expelir os sons que se formavam na minha garganta.
Seus lábios húmidos entraram em contacto com os meus seios fazendo percorrer uma nova corrente por meu corpo, fazendo-me pressionar meu corpo contra o seu.
Quando seus lábios vieram encontro do meu, inverti nossas posições e um sorriso maroto tomou conta de seus lábios que logo uni aos meus.
Suas mãos eram incapazes de ficar quieta enquanto minhas mãos acariciavam seu abdómen e meus lábios traçavam uma linha recta desde seus lábios até a borda de suas bóxeres pretas.
- Vocês homens têm um enorme fascínio com a linha interior da Calvin Klein – disse sentada sobre sua zona intima rindo ao lembrar-me que os namorados de Laura usavam a mesma marca.
- Sílvia, tu não queres falar agora sobre os meus fascínios – disse invertendo as nossas posições novamente.
- O que vamos fazer agora? – disse cobrindo os meus seios, e logo fui repreendida com um olhar severo, e minhas mãos foram presas no topo de minha cabeça.
- Fazer-te minha – ele respondeu.

Um desconforto, uma dor, uma sensação, e depois conforto, movimentos, sensações, velocidade, gemidos, e mais gemidos, e lentidão , tortura, e gemidos mais alto, a seu som, o meu som, os nossos nomes em suspiros, correntes eléctricas, espalmo, meu corpo, seu corpo, um corpo.

- Acho que já não preciso mais procurar – disse depois de uns minutos.
Tinha minha cabeça sobre seu peito e suas mãos brincando com os fios de meu cabelo, seus batimentos estavam mais calmos que a minutos atrás, e um sorriso estupido não conseguia abandonar os meus lábios.
Primeiro encontro, primeiro beijo, primeira vez e tudo na mesma noite e com o mesmo homem.
- Procurar o quê? – Questionei observando meus dedos que percorriam seu tronco nu e definido.
- A pessoa certa.
Dei um enorme sorriso e sentei-me, cobrindo-me com o cobertor e encarei-o.
- Sílvia – sentou-se rapidamente e com os seus olhos perplexos.
- Que foi? – Questionei passando minha mão livre por meu rosto, sentindo um líquido pegajoso percorrendo desde meu nariz para baixo.
Não era o momento para aquilo acontecer.
Não era o momento para aquilo acontecer.

Eu tinha ainda alguns meses. Ou não?


_______________________________
Três Páginas completas e uns quantos parágrafos na quarta!
Grande, né?
Pena, que já vai terminar :'(
E Segunda terá nova Curtinha \o/ com Amanda como protagonista =D. 
Esse capítulo complicou um pouco, não me sentia confortável em escrever um hot, porque só pensava isso é muito estranho, a menina vai ler Céus!, mas espero que tenham gostado.
Agora vou ler. Estou com febre e o nariz pingando, e vou ler até não poder. 
Beijo, Até Amanhã :*

10 comentários:

  1. Adorei!
    Quando li o hot só imaginei o Sam na vida real com a Laura.Foi muito estranho mas gostei :D
    Sempre que vejo esse gif do Sam, suspiro. Ele tem covinhas tão sexys.Tudo nele é sexy mas ok...vou parar!
    Confesso que às vezes lia o blog em casa do meu namorado e acho que vou ter que excluir o blog do histórico haha! Ele já sabe que é traído pelo Sam "psicologicamente", quer dizer, eu penso no Sam (aliás é um dos meus ídolos) mas estar num blog é outra coisa haha!
    Existe uma foto do Sam em que ele está a sair do set de gravações de The Hunger Games em tronco nu e vê-se perfeitamente que os boxers são da Calvin Klein. Vou ter que saber porque razão eles só usam isso! haha.
    Posta logo.

    Beijos.

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    1. Teu adorei, relaxa-me (Ufa!)
      E eu só ficava, " Como eu vou escrever isso, a menina vai ficar super embaraçada"
      Se o teu namorado for como o meu, ficas na boa se deixares ele olhar a Laura :D
      Parece obsessão deles, tão estranho, parece que não há outra marca de boxers :D
      Já postei.
      Beijos

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  2. A Sílvia ainda teve direito a um hot. Que lindo!
    Que venha logo o final.
    Beijos :)

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    1. Pois é! Sortuda a Menina =D
      E tu acho que também serás :$
      Obrigada.
      Já esta aí, ele.
      Beijos

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  3. "- Para uma portuguesa, tem pouco vinho nesta casa – disse sem tirar os olhos da garrafa que tinha em suas mãos" Bem, nós, portugueses somos grandes produtores de vinho mas não somos bons consumidores. Deixamos isso para os britânicos, americanos e alemães!
    Gostei do hot! Muito bom! E com esse Sam então...
    Quero ler o final.

    Bjs :)

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Inclui meu pai nessa lista. Normalmente quem Produz pouco consume :D
      Estou pegando esse vosso amor todo agora, com os "gostei" "adorei" porque acho que com o final não ler nada disso :(
      Já esta postado.
      Beijo

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  4. estou a fazer uma countdown para o ultimo capitulo, não posso esperar

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